quarta-feira, 18 de abril de 2012

Cias aéreas


Imagem retirada da internet


Estava a trabalho na Reatech quando me solicitaram que repondesse rapidamente à algumas perguntas para melhorar o atendimento da GOL. Não pensei duas vezes em interromper por alguns instantes meu trajeto para responder as tais perguntas. Melhorar o atendimento da Gol, da TAM, da Webjet e de todas as demais cias aéreas nacionais no que diz respeito a deficientes físicos se faz mais do que necessário.
A minha principal queixa em relação a GOL e, especificamente a GOL, em qualquer aeroporto que seja, é referente ao embarque. Eles tem a péssima mania de deixar para embarcar as prioridades por último. Cheguei a me perguntar se eles desconheciam o significado da palavra "prioridade" mas o gentil rapazinho que me fazia as perguntas me esclareceu dizendo que a GOL acha melhor embarcar por último as prioridades para que os demais passageiros não tenham que esperar. Engano meu, eles sabem o significado da palavra prioridade o que eles não sabem é que em relação à lei eles não tem que achar nada, a GOL tem que cumprir. E mais, o raciocínio deles é completamente irracional (Sim, raciocínio irracional porque eles acham que raciocinam mas no fundo carecem de tal quesito.E ainda se intitulam "linhas aéreas inteligentes"). É muito menos desagradável para os demais passageiros aguardar no saguão do aeroporto do que "presos" dentro do avião. E mais, além de ser constrangedor para nós sermos carregados em meio aos demais passageiros, é desconfortável para os acomodados na primeira fileira ter que se levantar e, muitas vezes, serem realocados de poltrona ficando distantes de suas bagagens e, por vezes, de acompanhantes. Tudo isso seria evitado caso a GOL não achasse nada e, simplesmente, cumprisse a lei.
Outro problema bastante recorrente é o fato do total despreparo dos funcionários para nos carregar. Agora falo apenas pelos cadeirantes, não posso dizer em relação as demais deficiências. Em geral não falta boa vontade, apenas despreparo, o que não é culpa dos funcionários e sim das cias aéreas que não proporcionam um treinamento adequado.
E, por último, mais uma vez falando em nome dos cadeirantes, o principal problema que é o descuido com nossas cadeiras de rodas. Eu não sei o que eles pensam, eu não sei se eles se dão conta mas nossas cadeiras são nosso único modo de locomoção. Com as minhas cadeiras, nada nunca aconteceu mas tenho um amigo que teve sua cadeira quebrada pela TAM. Como a pessoa volta para casa sem sua cadeira?! E vocês acham que é fácil o ressarcimento do prejuízo? Não, foi preciso que ele entrasse com um processo que se arrastou durante meses para que conseguisse receber o valor que não paga as dificuldades pelas quais passou sem sua cadeira. Esse mesmo amigo, voltando de São Paulo esta semana teve sua cadeira nova, comprada 2 dias antes da viagem, no valor de R$ 8.000,00 toda arranhada pela mesma cia. Ressarcimento? Eles se negam. Outro processo, mais um longo tempo e desgaste. Isso é justo? Existem cadeiras no mercado hoje em dia que custam o mesmo que um carro popular. O que vocês pensam sobre pagar por uma dessas e tê-la toda arranhada ou muitas vezes quebrada por uma cia aérea? O que os impede de ter um pouco de cuidado?
As passagens aéreas estão cada vez mais caras e as cias em retribuição nos oferecem serviços cada vez piores. Acho que está mais do que na hora disso mudar.

3 comentários:

  1. Ai que ta! Vc pode reclamar, mas nada nunca vai midar, por isso eles sao desse jeito!

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  2. Oi querida,

    Tudo bem? Concordo com você, pois passei por essa situação com o meu pai que teve que esperar e, ainda, estava com vontade de ir ao toalhete. A prioridade é posterioridade e uma tremenda desatenção.

    Excelente o seu texto!

    Beijos.

    Lu

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  3. Oi Camila!

    Conheci seu blog através do da Mari (mãe do Léo, do Pedro, da Stella). Realmente aqui no Brasil não existe o menor respeito com o cadeirante (as vezes nem no Aeroporto), ano passado passei minhas férias na Europa, conhecemos 4 aeroportos (Lisboa, Porto [Portugal], Paris e Roma) e em todos, TODOS, os cadeirantes eram SUPER bem tratados!

    Embarcavam com prioridade, com atendentes super educados e pacientes - desde o check-in pude ver que o atendimento com quem tem algum tipo de necessidade especial é diferenciado, realmente existe a PRIORIDADE lá!

    Uma pena que no Brasil não exista respeito nenhum! Fico imaginando o caos que será a Copa do Mundo e depois as Olimpíadas (e depois as paraolimpíadas) em um país tão despreparado para receber um público que, assim como os ditos normais, paga e quer ser bem atendido.

    Adorei teu post e teu blog, já vou favoritar no meu!

    Bjo grande!

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