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Foto: Camila Góes |
Quando criança nunca fui a circos, meu pai ou minha mãe (não lembro bem) não gostava. Por um tempo mantive o fascínio pelo desconhecido, sempre pedindo para ir e recebendo sempre os mais doces nãos com diversas justificativas, até que aquilo perdeu o encanto e conseguiram me convencer de que era chato. Até que não foi difícil para mim aceitar, haja visto que aqueles palhaço de festinha de criança sempre me causavam mais medo do que qualquer outra coisa e, raramente, me arrancavam uma risada. A única coisa que continuou a me fascinar eram as mágicas e eu era compensada com caixas e caixas para aprender a fazê-las. Meu irmão, alguns anos mais velhos que eu as fazia para mim e, então, ele se tornou meu grande mágico! Até que surgiu o estraga prazer do Mister M no Fantastático e então, até as mágicas perderam a graça.
Só então na vida adulta, já independente, dona do meu dinheiro e das minhas vontades, voltei a ter vontade de ir ao circo mas não era um circo qualquer e, confesso que estreei em grande estilo, Cirque Du Soleil. E então anos após anos fui a quase todas as apresentações do circo no Brasíl, sempre encanta e fascinada por tamanha beleza e perfeição. Mas convenhamos, esse circo é muito mais que um circo e eu ainda não conhecia um circo de verdade embora conhecesse o melhor de todos.
Então certa vez, passando uns dias em Goiânia, vi que teria uma apresentação de circo e lá fui eu. Não me lembro agora o nome do circo mas era uma atração de fora, embora simples, bem simples, desses com a lona montada sobre o chão de terra e sem grandes luxos. conheci então a simplicidade dos circos, daqueles que eu deveria ter frequentado quando criança e, mais uma vez, me encantei.
Semana passada então, um convite repentino para ir ao circo. Tihany em Brasília! À princípio não me encheu os olhos, eu já conhecia o melhor e também já conhecia a simplicidade mas lá veio o papo de que o Tihany trazia lembranças da infância e, claro, me veio a cusiosidade de saber que lembranças eram essas que eu deveria ter e não tinha. Como a companhia por si só já valia à pena, lá fui eu!
O Tihany fica no meio do caminho, sendo um pouco já mais luxuoso embora nada que chegue aos pés do Cirque Du Soleil. E então, mais uma vez eu me encantei! Ri com o palhaço, me encantei com os malabarismos e, pela primeira vez, assisti a um grande show de mágica. Enfim, exceto pelos números com os bichinhos, que eu sou completamente a fovorde terem sido proibidos por conta dos maus tratos, acho que agora sei o que deveria ter conhecido na infância, agora eu conheço um circo e sua magia. E minha maior alegria, foi estar alí no meio das crianças, acho que pude voltar a infância mesmo não tendo passado por isto ainda nela. E pude me ver alguns anos adiante levando os meus filhos pra conhecer essa magia...