sábado, 6 de agosto de 2011

E ele olhou pra trás duas vezes...


E ele olhou pra trás duas vezes. Andou e olhou pra trás. Entrou no prédio e olhou pra trás. Mas ele não voltou. Ele só me olhou. Eu vi que ele olhou, ele viu que eu olhava pra ele. Aos poucos eu me retirava e aos poucos ele caminhava. Como eu queria que ele tivesse voltado. Como eu queria que ele tivesse falado. Não havia o que dizer... mas um olhar a mais... um sorriso a mais... um instante a mais. Mas ele não voltou. Ele, alí, me deixou. E, ao menos por agora, o sonho congelou.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

"Um deficiente tem que aprender a lidar com as suas limitações"


"Um deficiente tem que aprender a lidar com as suas limitações." Sim, eu concordo que um deficiente tem que aprender a lidar com as suas limitações. Aliás, não só um deficiente como todas as pessoas. Com suas limitações, fisicas, financeiras, intelectuais, afetivas... nisso não diferimos em nada das outras pessoas. Desnecessária a frase. Só com o que não concordo é que os próprios deficientes que dispoem de métodos que podem facilitar a vida de outros deficientes se abstenham completamente disso por puro comodismo. Vou além, que as pessoas "escolhidas" para fazerem algo pelos deficientes se abstenham disso, ainda mais, sendo elas próprias deficientes.
Ir e vir é direito e não luxo. Direito de todos, inclusive dos deficientes. Se eu guio um cego para que ele não se esburrache no chão ou dê de cara numa porta fechada eu não estou isentando ele de lidar com suas limitações, apenas estou sendo razoável e humana. Da mesma forma acredito que dispor de uma vaga para um cadeirante quando se há meios para tal, em algum lugar onde as pessoas não conseguem respeitar o direito alheio, não abstem de forma alguma o cadeirante de lidar com suas limitações se essa é a preocupação. Acredito que apenas, da mesma forma, seja uma atitude razoável e humana evitando situações desnecessariamente constrangedoras.
Será que alguém em sã consciencia acredita que um deficiente tem como seguir sem lidar no dia-a-dia com suas limitações?! Que me perdoe o autor da frase mas chega a ser de mal gosto devidas circusntâncias.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

As quatro estações



As vezes o que era para ser outono chega no inverno.
E eu resseco sem folhas, sem flores e sem frutos.
Eu me dispo de você e congelo no frio do universo.
Sem você pra me vestir, pra me acolher, pra me cobrir
Sem teu corpo que um dia foi abrigo pro meu frio.
Teu olhar me congela no frio da estação e eu não sigo.
Fico a espera de quem me cubra, de quem me aqueça, de quem me vista.
Seu olhar frio bate como o vento cortante e machuca, deixa marcas, me torna distante.
Mas se o vento corta também me torna forte.
Varre o que não mais faz parte.
Me faz tombar e levantar.
Até que a estação muda,eu mudo e sigo meu rumo.
Você ficou no tempo que passou, na estação que já se foi.
Se você congela, eu aqueço o mundo.
Sou quente como o verão, bela como a primavera.
Fique com seus dias de chuva e com as folhas secas que espalha pelo chão.
Você é outono e inverno.
Eu sigo com tudo o que aquece e nasce nas próximas estações.
Eu sou as flores, eu sou as cores, eu sou a primavera.
Eu sou o amor, eu sou o calor, eu sou o verão.


Bsb, 31 de julho de 2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Lá se foi junho, julho e junto com eles as festas juninas e julinas

Foto: Cami Góes

Lá se foi junho, julho e junto com eles as festas juninas e julinas. E eu, uma apaixonada por esse tipo de festas, só estive em duas. Agora só ano que vem.
Uma delas, a da escola do meu sobrinho. Eu não tenho filhos ainda e meus orgulhos são meus sobrinhos. Esse pequeno, em especial, é quase um filho para mim. Sou pra ele daquelas tias que fazem tudo, pega, leva, briga, defende, compra e baba. E que emoção não é vê-lo se apresentar. Uma ponta de ciúmes ao vê-lo com uma noivinha ao lado mas muito, muito, muito orgulho de assistir sua apresentação.
Deixo aqui minha homenagem a ele que foi o caipira mais lindo do ano de 2011 e a promessa de ano quem vem curtir muitas festas juninas e julinas

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ana Paula Fernandes Ventura Entre Quatro Paredes




Nome: Ana Paula Fernandes Ventura
Apelido ou como gosta de ser chamada: Pigméia
Idade: 30
Signo: Aquário
Profissão: Auxiliar Administrativa (Administro um site de uma farmácia)
Time: Flamengo (mas não gosto de futebol)
Como o blog começou: Eu tinha um antigo, do blogspot, mas eram mais emails que me mandavam do que eu escrevendo. Esse eu escrevo sempre. Meus devaneios.

Eu sou: Eu não me defino porque sempre estou em movimento. A definição é perigosa, faz você acreditar que você só pode ser aquilo e nada mais!
Eu tenho: Idéias.
Eu desejo: Fazer minha creche
Eu odeio: Mentira.
Eu escuto: Sou muito eclética. Depende muito do dia. Mas ultimamente tenho escutado muito R&B.
Eu preciso: Carinho (sou carente confessa!)
Me dói: Injustiça.


Um sonho: Filhos.
Um medo: Escuro.
Uma experiência: Voltar a ser criança aos 30. Maravilhoso!
Uma conquista: Amor próprio.
Uma saudade: Minha mãe.
Uma música: Incomplete – Alanis Morissette.
Um filme: O Exorcista (eu prometo levar isso para a terapia. rsrs)
Um livro: Pequeno Príncipe (Antoine de Saint-Exupéry)
Uma citação: “O essencial é invisível para os olhos” - Pequeno Príncipe (Antoine de Saint-Exupéry)


Amor: Precisa ser compartilhado sem medo.
Paixão: Correspondida, por favor!
Felicidade: Dura o tempo suficiente para você nunca esquecer e querer repetir de formas diferentes.
Tristeza: Falta de cores na vida.
Solidão: Muitas vezes necessária.
Traição: Impróprio para todas as idades.
Morte: Certeza.
Vida: Passagem.
Sucesso: Não se consegue sozinho.
Sorte: Não existe.
Inspiração: Sentimentos.
Fim: Começo de alguma outra coisa.
Para sempre: É um universo paralelo entre o que aconteceu e o que você sentiu.
Religião: Uns precisam, outros não.
Milagre: Fé.
Natureza: Talvez seja um pedaço de Deus.
Poesia: As cores dos sentimentos.


Lugar: Praia no finalzinho da tarde.
Casa: Quarto.
Cozinha: Fome.
Comida: Prazer.
Bebida: Sem álcool, por favor. Tem Mate?


Uma qualidade: Correta.
Um defeito: Insegurança.
Sua vida: Melhor que qualquer novela mexicana. rsrs
Família: Desorganizada.
Pais: Ausentes.
Casamento: Na praia. Tenho até o modelo do vestido (juro!).
Filhos: Sonho!
Irmão: De sangue nenhum, de coração três.
A pessoa certa: Se encontrar o meu, pode dar meu telefone. 
Amigo: Sinônimo do verbo cativar.
Alguém que admire: Mauri Diogo Bispo

O que te faz sorrir: Eu tenho um sorriso fácil. Dou risada de quase tudo.
O que te faz chorar: Sou uma manteiga derretida. Se bobear, choro com o comercial de sabão em pó. rsrs

Algo a dizer: Espalhe o amor. O mundo precisa muito disso!

Entre Quatro Paredes: O prazer que manda.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Recebendo Ana Paula Fernandes Ventura em "Quebrando o tabu"

Conheci a Ana Paula há anos atrás através de um amigo em comum e com o tempo fomos nos tornando amigas. Sempre trocamos idéias sobre os mais diversos temas, seja pessoalmente ou via email. E, embora nem sempre tenhamos a mesma opnião, admiro sua forma de se expressar. Me tornei leitora assídua de seus textos e com eles sempre repenso meus pontos de vista.
O filme ainda não assisti, infelizmente. Quanto as drogas, usuários, traficantes, tratamentos e punições tenho minha própria opnião, que por vezes já ensaiei postar no blog mas ainda não fiz. Entrego a vocês, o ponto de vista da Ana Paula para que possam refletir sobre esse enorme problema que atinge a todos. E à você Ana Paula, muito obrigada por nos oferecer seu texto.

Quebrando o tabu




Fui ver 'Quebrando o Tabu' esse fim de semana. Um documentário sobre drogas, produzido por Fernando Menocci, Silvana Tinelli e Luciano Huck. Fa-bu-lo-so!
Apresentado pelo ex presidente Fernando Henrique Cardoso, que sempre admirei muito. Fernando Henrique é sociólogo, professor universitário, um intelectual. Foi eleito o 11º pensador global mais importante, pela revista Foreign Policy em 2009. A presidência veio para agregar sua bagagem.
Ultimamente estou muito radical, intransigente (como diz uma amiga minha) em relação às drogas. Essa mesma amiga me chamou a atenção para o fato de que drogas = doença. O documentário também chamou muito a atenção para isso. Levantou a questão de que os usuários são tratados como criminosos, quando na verdade eles precisam de ajuda, estão doentes. Mostrou que em alguns países deu certo tratar as drogas como uma questão de saúde. E confesso, antes de assistir o filme não pensava por esse ângulo.
Então vamos lá. Está fugindo de que?! É essa a primeira pergunta que se tem que fazer para o usuário. Quando falo do usuário, não falo apenas daquele que exagera. Você não precisa bater o carro bêbado, não precisa puxar um beck todo dia, não precisa ir à cracolândia para perceber que você esta indo além dos seus limites.
A vida esta difícil? Amigo, quero te contar uma real: todo mundo tem motivo para usar drogas e fugir. TODO MUNDO! Se você for perguntar para cada um que usa, todos vão te dar motivos plausíveis para usar. Sem exceção. E vou te contar um segredo: é de fundo emocional. Sempre! Sem exceção. Se você me vier com o argumento que muitos estão lá por causa do dinheiro, armas, ou qualquer outro motivo superficial; faça-me um favor, converse por 30 minutos com o usuário, de atenção a ele, e você vai escutar como ele foi parar ali. E amigo, não foi o dinheiro, armas, nem a sociedade. A base do problema é sempre emocional. E a droga é uma fuga de si mesmo. Mas sempre lembrando que é uma escolha. Diferente de outras doenças, essa especialmente é no mínimo de 50% culpa sua (por mais que existam pessoas que já nasçam com propensão ao vicio). Entrar é uma escolha sua.
Bom, fica a dica de um documentário maravilhoso. Recomendo!
Drogas? Não obrigada!

Ana Paula Fernandes Ventura