quinta-feira, 31 de março de 2011

Palavras

Eis a trilha sonora perfeita para o texto


Certa vez recebi um email no qual estava escrito "Não dá pra cansar de Você. Eu te amo." Foi como um sonho ler essas palavras vindo de quem vinha. Por outras vezes li e ouvi ainda esse essa mesma frase vindo dessa mesma pessoa. Sempre que dita soava como música aos meus ouvidos e ao serem lidas eram a mais linda poesia para meus olhos. Mas com o tempo entendi que eram só palavras... palavras ao vento. E se eu tivesse acreditado nisso?! Hoje me pergunto se essa mesma pessoa, ao menos sente minha falta ainda.
Por que as pessoas insistem em serem levianas com as palavras?! Não sabem que as palavras criam vida após ditas ou escritas? E podem durar eternidades... ou não morrer jamais...
E as palavras mais bonitas, são também as que mais machucam quando é preciso sepultá-las. Por que não calamos quando não temos nada a dizer?! É preciso cuidar com as palavras para que elas não possam machucar. A cautela é bem vinda para evitar estragos. As palavras mais belas só devem ser ditas de forma sincera.
Por que brincar com as palavras? Há tanta coisa para se brincar que não tem o poder de ferir... Com as palavras é preciso sentir para poder não ferir e isso, de fato, não é pra qualquer um.

quarta-feira, 30 de março de 2011

O Leitor

Um filme denso mas bastante interessante para um espectador atento. Aborda inúmeros temas mantendo como pano de fundo amor e literatura assim o espectador pode escolher em que aspecto mergulhar.

Sinopse:
"Na Alemanha pós-2ª Guerra Mundial o adolescente Michael Berg (David Kross) se envolve, por acaso, com Hanna Schmitz (Kate Winslet), uma mulher que tem o dobro de sua idade. Apesar das diferenças de classe, os dois se apaixonam e vivem uma bonita história de amor. Até que um dia Hanna desaparece misteriosamente. Oito anos se passam e Berg, então um interessado estudante de Direito, se surpreende ao reencontrar seu passado de adolescente quando acompanhava um polêmico julgamento por crimes de guerra cometidos pelos nazistas."

terça-feira, 29 de março de 2011

José Alencar - O Guerreiro se foi.

Essa é a imagem que fica pra mim.
Ontem à noite, assistindo ao Jornal Nacional ,a notícia de mais uma internação de Alencar me deixou um certo pesar. Durante o almoço ao ouvir sobre seu quadro clínico resolvi dedicar um pequeno texto à alguém que se tornou tão grande e aprendi a admirar. Após a refeição me pus a escrever mas não houve tempo... enquanto escrevia sobre ele, recebi a notícia de que o guerreiro se foi. O texto que escrevia se perdeu e sentimentos de tristeza, admiração e agradecimento à Deus por ter livrado esse homem de tamanho sofrimento tomaram lugar.
Quem foi capaz de não se emocionar com a história de luta desse homem, durante anos, contra uma doença tão devastadora? Aos 79, a cada nova entrada e saída de um hospital, José Alencar parecia se tornar mais forte enquanto seus órgãos se tornavam mais frágeis. E eu, ao olhar pra ele, o que via era um guerreiro incansável, jamais um homem doente. Essa é a imagem que ficou pra mim e que farei questão de guardar.
Conhendo pouco sobre sua estória de vida e carreira política, me tornei sua fã ao acompanhar sua sequência de tratamentos, internações e cirurgias ao longo desses 14 anos. Sem dúvida aprendi muito com o pouco a que a imprensa nos ofereceu acesso. Em meio a essa história de dor e sofrimento, sempre vi sorrisos estampados no seu rosto, e isso foi o que de mais bonito José Alencar pode nos oferecer.
O maior legado que Alencar nos deixa hoje é, sem dúvida, sua demonstração de amor à vida. Não é um legado político, é muito mais, uma lição de vida, de luta e de amor.
Meu desejo é de que ele tenha a merecida paz como recompensa por todo esse sofrimento e pelo tanto que nos ensinou em meio a tanta dor.
Das palavras de Alencar guardo um pedido que ele revelou fazer à Deus e me tocou por sua beleza. "Eu peço a Deus que não me dê um dia a mais de vida que eu não possa me orgulhar dele." O mundo, com certeza seria mais bonito se todos os homens se dignassem a fazer esse mesmo pedido.
E aqui, deixo que mais uma citação dele, entre tantas que eu poderia transcrever, encerre o texto. Eu não saberia encerrar com melhores palavras...
"Eu estou entregue a quem sempre estive, estou nas mãos de Deus" (José de Alencar)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Quero ser como as Rosas

Foto: Cami Góes

Como volto ao equilíbrio?
Sim! Ao equilíbrio perdido.
Gostava do meu equilíbrio doce...
De repente me fiz só amor...
na verdade, sempre fui só amor
mas um amor contido,
apenas refletido no sorriso e na doçura.
Era pra ser sempre assim
mas em um determinado ano esse amor transbordou.
Transbordou e não sei se se acabou...
Espero que não.
Não quero ser dura só porque o amor machucou.
Quero continuar a sorrir e a ser doce.
Não quero ser fria porque o amor não deu certo.
Quero meu doce equilíbrio, meu doce sorriso de volta.
As rosas não são delicadas mesmo cheias de espinhos?
Quero ser como as rosas...
ainda que me cravem espinhos quero ser delicada e suave,
bela e perfumada,
quero encantar e enfeitar  sem machucar.
Quero ser como as rosas...

domingo, 27 de março de 2011

Marido por Acaso

Comédia Romântica bem legal para passar o tempo e dar umas boas risadas

Sinopse:
"Trabalhando como consultora sentimental em um programa de rádio, Emma Lloyd (Uma Thurman) aconselha uma de suas ouvintes a terminar o relacionamento com o namorado. Inconformado, o ex da garota, um bombeiro de Nova York chamado Patrick, resolve que vai se vingar da radialista: com a ajuda de um jovem hacker, ele muda as informações sobre o estado civil de sua inimiga nos registros sociais. Quando Emma fica noiva e vai dar o próximo passo em sua relação, descobre que, oficialmente, ela já é casada! E pior: com o próprio Patrick!"

TPM




 
Fala sério se nós mulheres já não pagamos todos os nossos pecados aqui na terra mesmo?!
Quem merece uma vez por mês, aos 31 anos, ir dormir como uma mulher de 31 anos e acordar como uma dolescente? Ou pior, como uma palhaça, cheia de bolas vermelhas e doloridas - leia-se espinhas - espalhadas pelo rosto. Diga-se de passagem, eu fui uma adolescente sem espinhas e nunca sonhei em ser palhaça! E isso acontece depois de um mês inteiro sem chocolates, controlando gorduras na alimentação, gastando horrores com limpeza de pele, peeling, adstringentes, esfoliantes, cremes e ácidos caríssimos. Sem contar o tempo perdido indo a dermatologista, limpando a pele, esfoliando e passando os tais cremes todas as manhãs, tardes e noites para que as incovenientes não apareçam.
E para quem acha que as espinhas são pouco, tem a inseparável dor de cabeça que chega juntinho com as elas e então se torna uma hóspede mais do que presente por pelo menos 5 dias initerruptamente. Para completar então, partes corpo começam a ficar doloridas, você se sente inchada, cansada e por aí vai. Nos meses de sorte a "leve" dorzinha no rim e nos ovários se esquecem de vir cumprimentá-la. E finalmente, por útlimo, quando esses 5, 7 ou às vezes - acredito que quando o acúmulo de pecados está alto lá em cima - 10 dias estão chegando ao fim... aí começam as cólicas que a acompanharão por mais incontáveis dias, junto com o "incômodo mor", é claro! Sim, porque essa estória de que "incomodada ficava a sua avó", quem inventou não sabe o que diz (algo me diz que deve ter sido um homem). Ao menos eu, me incomodo e muito até hoje. Cada vez mais!!!
Se fizerem as contas, ao menos passo metade do mês com esses "pequenos" incômodos - nos melhores meses. Mas quando eles chegam com vontade, aí a coisa muda, são 20 dias, ou seja, o mês quase inteiro. 
Sempre que reflito sobre sobre o assunto chego a conclusão de que as mudanças de humor para depressivo e irritadiço - leia-se irritadíssimo - não se tratam de um sintoma e sim de uma consequência mais do que inevitável. Quem em sã consciência se sente feliz ao passar por tudo isso??? Que mulher não deseja morrer ou matar alguém nessas condições? Deve ser por isso que temos atenuantes legais durante o período. Mais do que justo, não é?!

sábado, 26 de março de 2011

Menininha

Foto: Cami Góes
Lindo musical para crianças e adultos.
Um cenário simples e colorido ajuda a dar o tom a imaginação das crianças. E enquanto os pequenos mergulham na estória os adultos tem a possibilidade de voltar no tempo embalados ao som das canções de Toquinho e Vinícius.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Tóquio Restaurante

Pólo de Artesanato do Lago Sul, Loja 19 (ao lado da ESAF) Brasília - DF
Tel: (61) 3427-2009

Ambiente agradável. A parte de fora, onde fiquei, faz lembrar aqueles barezinhos que tem em cidades do interior. Uma varandinha coberta, plantinhas e poucas pessoas passando em frente a pé. Do outro lado, atravessando duas pistas, o comércio local bem longe. Interessante pra quem quer se sentir longe da Cidade Grande. A parte de cima, pelo que avistei pelo vidro da janela parece oferecer um espaço mais acolhedor e com um estilo mais oriental.
De entrada Sunomono de Camarão e Kani-Kama. Chamou atenção pelo Camarão, que não é comum se encontrar em Sunomonos, mas o sabor não sobressaiu. Logo após a estrela da noite: Wrap Oriental com massa de Espinafre. Esse sim dá água na boca só de lembrar. Excelente! As peças de Sushi também não sobressaíram e a sobremesa, Banana Flambada com Sorvete estava deliciosa  mas, convenhamos, isso não é difícil. rs
Vale ir até lá para experimentar o Wrap. O resto, foi simplesmente, o resto.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Mentiras Sinceras

Bom filme.
Mentiras, verdades, traição, lealdade, amor...  Até onde o amor é capaz de chegar? Será que supera tudo? Mentir ou falar a verdade? Será que basta confessarmos nossa culpa? Foi o que ficou do filme.

Sinopse: 
"O que uma mentira causa a um casamento? A uma alma? Em MENTIRAS SINCERAS, essa questão cortante está à frente da história de um homem e uma mulher que parecem viver numa felicidade idílica até que um acidente fatal dispara uma corrente de mentiras cada vez mais perigosas . . . que por sua vez revelam verdades devastadoras sobre quem são e o que querem um do outro."

Fééérias!!!

Foto: Amanda Góes
Féééérias!!! Estou de férias e, quem diria..., em Brasília. Não há quem me conheça e não se espante com tal fato. Todos, sem exceção, já me perguntaram coisas do tipo "Você não vai pro RJ?",  "Quando vai pro RJ?" ou "Por que não está no RJ?" Gente, opção. Por incrível que pareça, opção. Estou morrendo de saudades da minha cidade, a cidade que amo, estou morrendo de saudades dos meus amigos, da praia e de tudo que deixei na minha Cidade Maravilhosa mas tirei essas férias para ficar comigo e, realmente, fazer nada. Tirei essas férias pra dormir a qualquer hora e acordar a qualquer hora, poder sair um dia inteiro mas também poder ficar em casa um dia inteiro, virar a noite ou dormir cedo...
Férias para mim sempre foi sinônimo de baladas, curtição, muitas noites sem dormir. Hoje, decidi ficar e estou curtindo montes esse tempo só comigo. Muita cama, muitos filmes, muita leitura, muito papo jogado fora e alguma badalação, claro. Enfim, pela primeira vez o que quero é DESCANSAR!!! E é o que estou fazendo de melhor... de quebra repensando rumos, metas, pessoas, papéis e sonhos.
Como as coisas mudam, não?! rs

quarta-feira, 23 de março de 2011

O Curioso Caso de Benjamim Button

Lindo e intenso, o filme discorre sobre a vida, o ser humano, a tristeza da morte e a beleza do amor.  Vale à pena assistir!

Sinopse:
"Benjamin Button tem uma característica incomum: nascido com oitenta e poucos anos, ele rejuvenesce a cada dia que passa. Ainda assim, é um homem como qualquer outro, que não pode parar o tempo e precisa percorrer seu caminho, vivendo a sua história ao lado das pessoas que conhece e os lugares que freqüenta durante a sua jornada. Mas sua história é, principalmente, sobre o amor, e a dificuldade de estar ao lado de uma bela mulher, que envelhece enquanto ele fica mais jovem a cada dia."

Eu como o Outono

Lendo o texto de uma amiga (Outono - Uma estação em crise existencial) me identifiquei com o o Outono. Alí, na sua bela descrição sobre a estação me vi descrita.
Foto: Cami Góes
Nesse momento estou também "cheia de turbulências, fragmentos do passado e pensamentos futurísticos". No passado seu doce sorriso, o abraço acolhedor, as doces promessas; no futuro um vazio, cheio de possibilidades, cheio de tudo o que é desconhecido... Estou também entre duas estações extremas. A estação quente e acolhedora do amor e a estação fria da desilusão, do coração partido. Uma hora me sinto fria porém forte para seguir, a diante me sinto cheia de amor o que me faz delicada porém frágil nesse momento.
Crise existêncial?! Sim! Como se abre mão de um amor sem repensar uma vida inteira?! O Outono é o momento de deixar as folhas secas caírem, de deixar o vento varrer para longe o que não mais fará parte da próxima estação e, ainda, de se preparar para renascer apenas com o que restar de sementes capazes de frutiferar.
Estou vivendo meu Outono emocional. Assim falando até ficou bonito... mas por dentro... Talvez eu até esteja mesmo num momento poético mas preferia estar no equilíbrio da primavera fazendo florescer... não sei o quê, mas entre flores e cores. Só me resta acreditar que o Outono vai passar e logo a Primavera vai voltar. Até lá é crescer e amadurecer para na próxima estação renascer mais forte e colorida. Quem sabe até mais bonita.

terça-feira, 22 de março de 2011

Terapia do Amor

Comédia romântica bem bonitinha e engraçadinha. Me prendeu por dois pontos fracos: a relação psi e a relação amorosa. Faz pensar a ética psi e como nem tudo na vida tem um porquê em relação ao amor. Nesse momento, me caiu como uma luva no que diz respeito ao último ítem...

Sinopse:
"Uma mulher bem sucedida e residente num luxuoso bairro de Nova York apaixona-se por um jovem pintor de Brooklyn, dez anos mais novo e filho da sua terapeuta."

As Cores do Amor

Pesquisadora brasileira faz estudo on-line para descobrir quais tonalidades as pessoas associam ao sentimento
"Azul, verde, vermelho, amarelo, preto, branco... Afinal, para você, qual a tonalidade que pode ser associada ao amor? Com essa pergunta na cabeça a designer Carla de Bona iniciou, ainda na faculdade, um estudo sobre cor e percepção. Para colher a opinião de pessoas de todas as partes do mundo, ela criou o site Color of  Love, um gigantesco mosaico virtual com cores e opiniões sobre o amor. O participante escolhe em uma paleta um tom que o remete ao sentimento e deixa ali uma mensagem."

Pra mim o amor é feito de todas as cores, todas as cores são as cores do amor. Cada momento tem sua cor. O rosa do amor romântico. O vermelho do amor paixão. Laranja de quando o amor está vibrante. O amarelo radiante. O lilás dá o tom da singeleza do amor. O azul da suavidade. O cinza dos momentos tristes, melancólicos. E até mesmo o preto, por quê não?! É o momento em que o amor está recolhido, machucado, querendo endurecer... Todas as cores são lindas e tudo que é lindo é tradução de amor. 
Achei fantástica essa pesquisa e sempre me perco no tempo clicando nos quadradinhos das cores, vendo o quanto ainda há de amor pelo mundo. Não consigo participar porque pra mim é impossível escolher uma só cor mas, participem! Vamos colorir o mundo e enchê-lo de amor.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Esquizofrenia

Lindo filme. Recomendo para quem gosta de drama. Acho que nada no mundo me toca mais do que a loucura...

Sinopse:
" Em Esquizofrenia: Entre o Real e o Imaginário William Keane (Damiam Lewis) um homem atormentado por um sentimento de culpa: Ter tirado os olhos de sua filha por um breve momento. A busca diária por informações sobre o suposto desaparecimento em um terminal de ônibus em Nova York, não é o seu único conflito, a batalha contra a devastadora esquizofrenia transforma sua vida. Entre a dor e conflitos, como distinguir o real do imagiário?"

Como um filho


Foto: Cami Góes

Guardada as devidas proporções Entre Quatro Paredes está sendo realmente como um filho e eu me sentindo como uma mãe, marinheira de primeira viagem.
Eu, uma internauta bem conectada, com muitas mil horas de navegação, apaixonada por redes sociais, em especial Facebook, meu queridinho, sempre me mantive afastada do mundo dos blogs. Raramente lia alguma coisa no blog de amigas que sei que sempre tem algo interessante a dizer. Entretanto, isso nunca se tornou um hábito e eu jamais me senti preparada para criar um. Até que, final do ano passado começou a gestação sem que me desse conta. Vez por outra, me invadia a vontade de expor meus pensamentos. A vontade ía e vinha até que um empurrãozinho deu início ao processo de parto.
Sábado, 19 de março, o nascimento. Nesse dia, apenas a madrinha (Mari Hart) teve notícias e me deu apoio técnico. Ontem com a primeira postagem minha vida mudou. Desde que o texto foi publicado até o momento em que desconectei o assunto foi só o blog. A notícia foi se espalhando, os amigos começaram a dar dicas, as visitas começaram e lá estava eu, de repente, "cuidando" do blog, tentando fazer ele ficar bonito e arrumadinho. Fui dormir pensando nele, claro.
E hoje, ao acordar, meu primeiro pensamento foi sobre o blog. E agora, o que fazer?! Tenho um blog! Como alimentar ele? Sobre o que vou escrever? Será que vou conseguir manter um blog? #bloggueiradeprimeiraviagem#
Abri o Face para esquecer do blog e lá estavam os comentários sobre o recém-nascido me lembrando que ele existe e me incentivando a escrever mais. Fato, Entre Quatro Paredes nasceu! Preciso cuidar dele, preciso alimentar, preciso escrever... aqui está mais um texto!!!

domingo, 20 de março de 2011

O Nascimento do Blog

De um tempo pra cá me surgiu a vontade de criar um blog mas medo, vergonha, sei lá, foram fazendo com que fosse deixando essa idéia de lado. Me sinto muito exposta nos meus textos, versos, poemas e até mesmo simples comentários. Tudo que produzo tem sempre muito de mim e costumo ser uma pessoa reservada, apesar de extrovertida e com muitos amigos.
Mas há 2 semanas mais ou menos, uma amiga-irmã e tb comadre (Mari Hart) me pediu que escrevesse um texto  a respeito de um tema delicado para que postasse em seu blog. Não pude negar por ser um pedido dela e sobre algo que afeta à mim e a ela cotidianamente. Como não contribuir?! O texto foi publicado e ganhou o mundo. Enquanto amigos me pediam para ler e eu negava por vergonha, por me sentir exposta, estranhos liam e compartilhavam o link. O texto deixou de ser meu. (http://contosmamaepolvo.blogspot.com/2011/03/procurando-vaga.html)
Ao começar a ler os comentários e a ver as mais diversas formas que o tema se replicou nos demais blogs o sentimento de egoísmo superou o sentimento de vergonha. Comecei a me sentir egoísta por não compartilhar o texto justo com as pessoas que me ajudam a superar essa barreira no dia-a-dia. Finalmente divulguei e recebi inúmeras demonstrações de carinho e de soliedariedade. A indiscritível a sensação de acolhimento me fez voltar a pensar na criação de um espaço "meu".
Me sinto envergonhada sim por expor ao mundo minhas fraquezas, eu que por vezes não as exponho nem a mim mesma... mas quem sabe assim consigo impedir que outros passem por situações tão constragedoras. Se conseguir evitar que ao menos uma pessoa passe por constrangimento parecido, não terá valido à pena?!
Ao tirar o foco de mim e entender como meu texto foi importante para outras pessoas, resolvi criar o blog e hoje ele está nascendo. Não crio o blog como um espaço para ajudar aos outros, apenas como um espaço de criação... um espaço para compartilhar experiências, pensamentos, impressões...
Meu blog, como um filho, será parte de mim, tendo muito de mim. Impessoalidade, definitivamente, não é o meu forte. Entretanto, espero que vez por outra, ele ajude a fazer pensar o mundo em que vivemos e o modo como nos colocamos nele. 
Como um filho, não sei o que ele vai ser quando crescer mas vou me dedicar à ele com carinho e atenção.
Start!!!