segunda-feira, 9 de maio de 2011

Recebendo Juliana Hollanda

Conheci Juliana Hollanda ou Jupy, como eu a chamava nos tempos de colégio, no 2º Grau. Desde então a sintonia apareceu. Duas apaixonadas por textos, além de nos vermos todos os dias, ao menos de segunda à sexta, ainda nos correspondíamos vez por outra. Para sermos mais livres no pensamento, acho, ou talvez, para exercitar o gosto pela escrita apenas. Na adolescência, choramos juntas por amores, curtimos festinhas e rimos de muitas palhaçadas. A vida nos separou espacialmente, cada uma seguiu seu mundo afora mas as afinidades nunca diminuíram. Sempre que a vida nos permite estamos juntas e nesses momentos é como se nenhum dia tivesse se passado desde aqueles bons tempos.
Juliana Hollanda se tornou poetisa e eu continuei sua fã, afinal, já curtia suas poesias desde o tempo de colégio. Nos meus 30 anos me emocionou recitando um de seus poemas para mim, deixando uma marca ainda mais profunda em minha história.
Hoje tenho o prazer de lhes apresentar minha grande amiga e poetisa entregue as letras. À Juliana, só tenho à agradecer: Obrigada Jú!!!


Bilhetes antigos guardados em gavetas são preciosidades. Tenham sido eles passatempo durante as aulas chatas de química ou declarações de amor. Sejam eles de uma pessoa com quem você ainda tem contato ou daquela pessoa distante de quem você nunca mais ouviu falar, mas gostaria.
Eles despertam uma nostalgia que não é barata, mesmo que pensemos o quanto às vezes pode ser prejudicial vivermos presos ao passado; neste caso, não é.
Partes da nossa história, mesmo que tristes precisam, de quando em vez, ser revividas, pois senão, a gente vira pedra de tanto levar pedrada.
Os sentimentos bons adormecidos quando despertados são como uma rosa que se abre aos poucos. Uma visão do belo que se transforma em extensão da retina e nos causa algo que eu particularmente chamo de poesia.
É o poema sem palavras que percebemos nos pequenos gestos. Na simplicidade.
A pureza tão necessária nesta busca incessante por sobrevivência neste terra de deficientes emocionais e correria.
Vivamos  o desconhecido e prestemos atenção nele.
Um abraço apertado. Um ombro para chorarmos. Um chocolate derretendo na boca. Aquele pão quentinho com manteiga e faz “croc” na boca. Os amigos. As amigas. A família que escolhemos, a que temos. A confiança. As fotografias. Coleções.
Cuidado, carinho, com os animais, com as pessoas e mais importante com nós mesmos são essenciais para que nossos lábios brilhem e os sorrisos brotem nos olhos.
Aconchego e lembranças é tudo o que precisamos para encontrarmos a plenitude.
“Isso é felicidade, meu amor ...”
                                                   
                                                                            Juliana Hollanda (11.04.11)

2 comentários:

  1. amiga,

    vc me emocionou com sua introdução. realmente não há distância que nos separe. não há tempo que faça desaparecer nossa vivência juntas. nosso carinho uma pela outra e a torcida para que todos; absolutamente todos os nossos sonhos se realizem.
    ainda tenho seus bilhetinhos guardados numa gaveta especial. todos amarelados, é verdade, mas nunca, nunca, nunca esquecidos.

    B-Ju

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