segunda-feira, 18 de julho de 2011

Recebendo Verbena Braga em "Na capital da nossa nação!"

Eu e Verbena nos conhecemos nos tempos de faculdade. Tempos em que sempre conhecemos muitas pessoas... entre tantas que se perderam no tempo, Verbs (como eu a chamo) foi uma das que permaneceu em minha vida. Apesar de muito diferentes em quasse tudo, nossos tempos de badalação e farra na faculdade se transformaram em amizade, dessas que se leva vida à fora. Ultrapassamos a distância espacial quando vim morar em Brasília e hoje, novamente, estamos juntas aqui na Capital. Anos depois, Verbs também se mudou para cá e enfrentar o dia-a-dia essa cidade um tanto peculiar nos uniu ainda mais.
Lá atrás, um dia, a Verbs me disse que eu era sua amiga mais inteligente. Hoje, eu digo que ela é a minha amiga mais politizada. Entrego aqui à vocês um lado que nem todos devam imaginar que ela tem. E à você Veeerbs, acho que estamos descobrindo seu caminho... obrigada pelo texto!

Na capital da nossa nação!



Desde que me mudei para a capital da nossa nação, senti uma vontade imensa de participar mais da vida política. Oh, não me diga? A verdade é que somos milhões de desinteressados sobre o que acontece depois que exercemos o nosso mais forte direito político e democrático: o VOTO.
Atualmente, de tempos em tempos vamos às urnas para apertar botões sem saber ao certo o que estamos fazendo. Terá sido porque se tornou um dever?Não irei entrar nessa questão, pois a retórica é cansativa. A questão é que não estamos exercendo nossa cidadania com consciência.
A primeira vez que entrei no Congresso Nacional cheguei a me arrepiar. É grandioso, imponente, mas infelizmente não condiz com a qualidade dos parlamentares. Como diz a canção,” são 300 picaretas com anel de doutor”, É lobby, é conchavo, é propina e jeton, variações do mesmo tema sem sair do tom. Quem quer aprender a votar?Meia dúzia de gatos pingados levanta a mão. Quem quer um trocado pra votar no anão ladrão?Meio milhão aceitam, sem passar pela cabeça o não. E assim,a tribo dos coronéis aumenta...
O ambiente reinante não é favorável à política. Antes todos se querem  desresponsabilizar e  todos vão sentindo vontade de atirar para cima dela todas as culpas. Entrar na política é assumir afinal uma culpa que vem de séculos, que abrange todos os domínios, que se partilha com todos. A política é o domínio em que se não pode fugir à culpa. Ser político é ser responsável por tudo, tendo muito pouco por onde assumir responsabilidade direta.
O meu maior desejo é que os jovens se interessem pela política cotidiana do local onde vivem. Saber que se paga um  imposto vergonhoso pela conta de luz e lutar para que isso diminua é ser político. Fazer passeata para que a ficha limpa seja cumprida é um direito nosso. Agora,pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza é o que mesmo??
Muitos irão dizer que não adianta tentar mudar, pois os políticos são todos corruptos e a impunidade impera. Os dogmáticos se agarram a pedaços do barco, mas o importante não é punir sei lá quem. O fundamental é mudarmos a nós mesmos. Assim,alguma flor surgirá desse vexame.

3 comentários:

  1. Parabéns Camila pela definição tão bonita da Verbs!!
    Verbs parabéns pela sua mensagem de cidadania!!
    Mensagens bonitas ao próximo e cidadania é o q o ser humano está precisando!!
    Admiro muito as duas!! :)

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  2. Mara, é vc!?rs Muito legal mesmo!!Agradecida!!: )

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